sábado, 30 de maio de 2015

Do sonho ao intercâmbio: Ciência Sem Fronteiras

Fazer um intercâmbio é o sonho de muitas pessoas, e você que está lendo esta postagem é provavelmente um deles ou, pelo menos, tem curiosidade pelo assunto. Um dos programas mais conhecidos no Brasil é o Ciência Sem Fronteiras que prevê a concessão de 101 mil bolsas nos quatro anos do programa em níveis de graduação e pós-graduação. Para entender melhor como o programa funciona, conversamos com a estudante de Jornalismo Angélica Oliveira.

Desde criança, a estudante quis conhecer o exterior, em especial os Estados Unidos. Na adolescência, ela relata ter ouvido falar de cursos de intercâmbio para aprender inglês e quis fazer. Contudo, devido ao fato de esses cursos serem caros, foi deixando para o futuro. Na faculdade, desde o primeiro semestre, ela fixou o objetivo de fazer um intercâmbio antes de acabar o curso de graduação.

Angélica ficou sabendo da oportunidade do Ciência Sem Fronteiras por meio de um colega do ensino médio que conseguiu a bolsa. "Eu vi a postagem dele no Facebook. Já tinha ouvido falar por cima do programa, aí resolvi pesquisar mais. Descobri que era voltado para ciências exatas e da saúde, portanto jornalismo estaria de fora. Contudo, pesquisei nos grupos do Facebook e descobri que havia gente de publicidade, marketing e administração que tinham ido. Li o edital, e vi que eu me enquadraria na área Indústria Criativa. Na época, as áreas não eram bem delimitadas, e assim a Indústria Criativa abrangia diversas áreas que hoje foram cortadas", explica Angélica. 

O processo de aplicação

A ex-bolsista conta que o processo de aplicação para o intercâmbio foi longo, composto por várias fases. A primeira etapa foi inscrever-se no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e apresentar a documentação que comprovava os requisitos mínimos exigidos. A segunda foi a homologação por parte do coordenador representante do programa na Faculdade 7 de Setembro (FA7). A terceira foi o preenchimento do Common Application, que é um formulário eletrônico no qual são preenchidas informações como contatos, da escola, da faculdade, atividades extra-curriculares e atividades voluntárias.

A estudante conta que, além disso, teve que escrever três redações sobre ela mesma. Junto a esse formulário, também foram anexadas cartas de recomendação  e formulários de desempenho preenchidos pelos professores Jari Vieira e Thiago Themudo. O coordenador do curso, Dilson Alexandre, também preencheu um dos formulários de desempenho. Cópia do passaporte, histórico acadêmico traduzido, e certificado de proficiência em língua inglesa também são exigidos nessa fase.

Após esse processo, ela aguardou a Capes se manifestar se aceitou ou não a candidatura por um período de aproximadamente dois meses. A partir de então, passou a aguardar a carta de aceite dizendo para qual universidade ela iria e qual a data de início do programa.
 

Dicas para intercâmbio
Para quem pretende estudar no exterior, a estudante aconselha que estude inglês ou outro idioma o mais rápido possível. "Investir em uma idioma é algo que todo profissional deveria fazer", comenta. Sobre o Ciência Sem Fronteiras, ela recomenda se preparar com um ano e meio de antecedência da data que você planeja ir devido ao fato de o processo seletivo durar de um ano a um ano e meio, dependendo do edital. 

A vida na universidade americana
A ex-bolsista descobriu então que iria para a Hofstra University, no estado de Nova Iorque. "Quando recebi o e-mail com a carta de aceite, vi que era uma das universidades que eu havia indicado. E ficava a cerca de 40 quilômetros da cidade de Nova Iorque, então era perfeito. Lembro que fiquei muito feliz nesse dia, muito mesmo", conta. A partir disso, Angélica conta que teve que preparar uma série de outros documentos, como certidões de quitação eleitoral para enviar para a Capes.

Sobre a vida em uma universidade americana, a estudante conta que a carga horária é menor do que na brasileira, mas exige muito mais atividades práticas, leituras e trabalhos. "Exige uma dedicação realmente exclusiva à graduação, até porque eu tinha horários manhã, tarde e noite. Geralmente, 1 hora e meia cada aula. Morei no campus, e isso era muito bom, porque é prático e insere mais o aluno na vida acadêmica. A qualquer momento, até mesmo na madrugada, você pode ir a biblioteca ou a um laboratório porque você vive no campus. E no campus tem tudo - franquias de alimentação, agência bancária, livrarias, lojas de conveniência aberta 24 horas, hospital, academia, campo de futebol", explica Angélica.

A estudante considera que a experiência foi bastante enriquecedora. "Fui capaz de aprender muito como profissional e como pessoa. Me tornei mais independente. O que eu mais gostei foi o suporte que a universidade ofereceu, principalmente das aulas que eram muito interativas e com turmas pequenas. Os professores sabiam meu nome, corrigiam meu projeto ponto a ponto comigo", relata.

Angélica conta que pretende estudar no exterior novamente. "Estou pretendendo fazer doutorado na Alemanha. Tive oportunidade de cursar e concluir alemão básico no Hofstra, e daí entrei em contato com a cultura alemã. Sem falar que a Alemanha é um país desenvolvido com uma economia forte e excelentes universidades", explica.
 

Dicas para intercâmbio
Para quem pretende estudar no exterior, a estudante aconselha que estude inglês ou outro idioma o mais rápido possível. "Investir em uma idioma é algo que todo profissional deveria fazer", comenta. Sobre o Ciência Sem Fronteiras, ela recomenda se preparar com um ano e meio de antecedência da data que você planeja ir devido ao fato de o processo seletivo durar de um ano a um ano e meio, dependendo do edital. 

Intercâmbio

Nenhum comentário:

Postar um comentário